Os estudos dos instrumentos musicais constitui o objecto da organologia, sendo um dos assuntos mais importantes abordados nesta disciplina a questão da classificação dos instrumentos.
A classificação dos instrumentos musicais hoje mais usada para fins científicos, é a que se baseia no sistema proposto em 1914 por Erich von Hornbostel e Curt Sachs. Neste sistema, conhecido por classificação de Hornbostel e Sachs, os instrumentos são classificados com base num princípio acústico: qual o elemento vibratório que produz som. Assim, os autores dividem os instrumentos em quatro categorias principais: idiofonesm membranofones, cordofones e aerofones. A estas quatro categorias originais juntou – se mais tarde uma outra – os electrones. Precisando a sua definição:
.Idiofones – instrumentos em que o som é produzido pela vibração de corpos sólidos (placas, varas, barras) sem precisarem de estar submetido a tensão.
.Membranofones – instrumentos em que o som é produzido por uma membrana tensa.
.Aerofones – instrumentos em que o som é produzido pela vibração do ar.
.Electrofones – instrumentos em que o som é produzido a partir da variação da intensidade de um campo electromagnético. A radiação do som é feita por altifalante que converte sinais eléctricos previamente amplificados em ondas acústicas.
A classificação original de Hornbostel e Sachs não contemplava os instrumentos electrónicos, mas com o aparecimento da electrónica criaram-se novos instrumentos, que nas últimas décadas têm sido um crescimento exponencial. O alargamento aos instrumentos electrónicos na classificação de Hornbostel e Sachs foi feito mantendo o mesmo princípio acústico básico que presidiu à sua elaboração.
Se considerarmos agora o tipo de energia envolvida na produção sonora, como foi referido na secção 6.1, podemos também classificar os instrumentos em três grandes grupos:
Instrumentos mecânicos, electrónicos e electromecânicos. A maior ou menor componente informática na produção sonora poderá servir de base subgrupos dos instrumentos electrónicos.