Poluição Sonora
Poluição sonora
É bem sabido que as ondas eletromagnéticas (como os raios X, raios gama, raios ultravioleta, etc). Sob certas condições podem causar danos à saúde do homem, como por exemplo, o câncer. Além das ondas eletromagnéticas as ondas sonora também podem causar mal-estar ou afetar a saúde do homem de forma ou psicológica. Como vimos na seção 6. o som é transmitido por ondas de pressão através do ar ao viajar de um objeto em vibração até a orelha de um ouvinte. As ondas de pressão podem ser produzidas em qualquer material que tenha elasticidade. O som consiste, portanto, em ondas de pressão em um meio elástico. Quanto maior a pressão mas intenso é o som. O som ao atingir o ouvido de uma pessoa causa uma variação de pressão no ouvido desta pessoa. Quando o som se torna “indesejável”, incorpora dois elementos inseparáveis do baralho: preferência opinativa (indesejável) e o fenômeno físico (som). A diferença fundamental entre barulho e som é o aspecto “indesejado”. A classificação do barulho é, portanto, subjetiva. O que é música para uma pessoa pode ser barulho para outra.
Foi comprovado que os barulhos podem provocar distúrbios nervosos, neurose, insônia, perda de audição, ansiedade e desvio de atenção. O sono pode ser afetado pelo baralho mesmo quando a pessoa não acorda, ficando o indivíduo com uma sensação de uma “noite mal dormida”. O barulho também diminui a eficiência de um indivíduo no trabalho. Inúmeros testes realizados mostraram que as taxas de acidentes e a produtividade geralmente podem melhorar quando se diminuem os níveis de barulho. Outros testes demonstram que os habitantes rurais têm audição mais apurada que os habitantes urbanos, o que leva a crer que o excessivo barulho urbano realmente prejudica a audição. Sabe-se ainda que os efeitos dos barulhos afetam cada pessoa de uma forma: diferentes indivíduos expostos aos mesmos barulhos podem não mostrar as mesmas reações.
Devido aos vários efeitos nocivos que os barulhos podem trazer ao ser humano, sejam fisiológicos ou psicológicos, torna-se, então, muito importante o seu monitoramento e controle. A perda da audição é uma das maiores justificas para controlar o barulho.
Um padrão de avaliação do barulho (no nível de fenômeno físico – som) é a determinação do nível de intensidade sonora. Através do levantamento do nível sonoro é possível identificar as fontes primárias de barulho. Apesar do barulho possuir um caráter subjetivo, existe um limite fisiológico máximo, em torno de 120 dB, acima do qual a onda sonora provoca sensação de dor (veja Tabela 4.2, seção 4.9). Devemos ressaltar, porém, que variando a frequência, a intensidade do som é suportada de maneira variável, visto que a sensibilidade do ouvido varia com a frequência do som (reveja a seção 4.8 sobre a sensibilidade do ouvido humano). Em função disto, o limite de sensação de dor depende não só da intensidade do som, mas também de sua frequência. Com frequências baixas (0 a 350 Hz), sons de até 120 dB são suportados relativamente bem, e na faixa de 1.500 a 4.000 Hz, as emissões sonoras não devem ultrapassar 80 dB. Exposições prolongadas acima de 120 dB (na faixa de 1.500 a 4.000 Hz)) podem provocar distúrbios nervosos, insônia e até mesmo a perda auditiva. O nível de pressão sonora recomendável depende do tipo de atividade que será realizada (veja Tabela 6.1). Ambientes em que se desenvolverão tarefas que exigem grande concentração mental devem ser mais silenciosos que aqueles em que irão se desenvolver atividades de concentração menor.
Deve ser que com o barulho é em parte devido à preferência opinativa, sons com níveis de intensidade sonoras menores que 80 dB podem ser classificados como barulhos se forem desagradáveis ao ouvinte.
Um fator agravante ao barulho é quando a fonte sonora não pode ser eliminada. Neste caso o indivíduo se sente indefeso em relação ao barulho e o som se torna extremamente irritante. Exemplos seriam a rádio ou os
Latidos do cachorro do vizinho, gritos de crianças na rua, o barulho do trânsito.
Levantamentos de perturbação para a avaliação do barulho (quanto à preferência opinativa – indesejável) consistem em entrevistas com os habitantes da comunidade para determinar os barulhos que eles consideram perturbadores e, se possível, estabelecer os graus de aborrecimento. Uma forma de estabelecer padrões de barulho seria, por exemplo, verificar a interferência funcional do barulho nas atividades de uma pessoa.
Sabe-se que os barulhos associados a situações desagradáveis perturbam mais eu os barulhos sem associações, como por exemplo, a broca de um dentista, o som de uma sirene de ambulância. Verifica-se também que um barulho inesperado quando um indivíduo realiza uma determinada atividade é mais perturbador que um barulho esperado, como por exemplo, um indivíduo que tenta dormire é acordado à noite por um caminhão de coleta de lixo.